Wednesday, July 08, 2009

Hotel Avenida lança canção atemporal em primeiro single

Gazeta do Povo de hoje



Cristiano Castilho

Há nove anos, o músico Gian­carlo Ruffato foi expulso de uma banda. “Queriam tocar grunge, aquela coisa. Não deu certo”, defende-se o paranaense de Coronel Vivida. Então começou a gravar suas músicas em casa, de forma amadora. Era o projeto-solo low-fi dreams. Só ele e um violão (ou guitarra). Lan­çou um disco homônimo em 2004, e no ano seguinte, mais um “epezinho”.

Mas foi em 2007 que algo aconteceu no cruzamento das avenidas Marechal Floriano Peixoto e Marechal Deodoro. Ruffato, já morador de Curitiba, gravava o clipe da música “Venha Comigo” quando, por acaso e durante uma entrevista, se encontrou com Ivan Santos (da banda OAEOZ), experiente músico da cidade.

A parceria ressoou e hoje os companheiros têm na bagagem o EP Ivan Santos e Giancarlo Ruffato, lançado em setembro de 2008 – “uma dupla sertaneja indie”, diz o músico – e o ótimo single Eu Não Sou um Bom Lugar, parido há algumas semanas, já com os outros músicos que agora formam a banda Hotel Avenida.

Com o contrabaixo de Rubens K (da banda ruído/mm), a guitarra de Carlos Zubek (Folhetim Urbano e OAEOZ) e a bateria de Eduardo Patrício, o duo afinado encontrou possibilidade de expandir suas criações e se apresentar em público.

“Queríamos tocar, e em dois é difícil. Aí chamamos os outros. Eram pessoas mais próximas que também estavam a fim. O primeiro ensaio foi em janeiro deste ano”, lembra Ruffato. Antes, eram só ideias e acordes que vagavam pela internet. “Eu morava no interior e o Ivan em Curitiba. Ele fazia as músicas, discutíamos os arranjos, tudo on-line”, explica.

Nos shows que fazem hoje, 12 músicas estão no repertório. Quatro de autoria da banda, oito antigas composições de Ruffato e ainda há espaço para a curiosa versão de “Nuvem de Lágrimas”, de Fafá de Belém. O próximo passo é um EP de canções inéditas que será gravado ao vivo em meio à participação do Hotel Avenida no programa Acústico Mundo Livre. O lançamento está previsto para setembro.

Um Bom Lugar

Com exímia produção de Carlos Zubek e Rubens K., o primeiro single da Hotel Avenida é, entre muitas coisas, uma “canção melodramática”. A participação especial de Igor Ribeiro no sax nos aproxima de Morphine e as letras depressivas e ironicamente religiosas de Ruffato são o prato principal. Sob instrumentos limpos e bateria comportada, os versos “Mostre seus dentes quando for a hora/ Jesus, Maria e sua gangue/ sua jaqueta de rockstar com seu nome” definem o estilo aparentemente despojado – mas muito bem calculado – da banda. Teclados, escaleta e vários detalhes interessantes valorizam ainda mais a produção e a gravação, realizada no estúdio Confraria Z.

“Não acho triste. É uma canção que tem um clima melancólico. Mas eu vejo senso de humor. Para mim funciona. Mas talvez só eu pense assim”, diz Ruffato.

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Serviço

Ouça e baixe o single “Eu Não Sou um Bom Lugar” em www.myspace.com/hotelavenida.

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Tuesday, July 07, 2009


Thursday, June 18, 2009

Jornalistas: o que é isso?

Nunca acreditei que um diploma garante um bom jornalista, mas daí a derrubar a exigência para o exercício da profissão tem um caminho muito longo que não percorro de jeito nenhum. Não é de hoje que as empresas de comunicação não precisam de gente competente com formação para "fechar" seus jornais. Também não é novidade que boa parte das faculdades são entidades que deveriam ter vergonha da forma como soltam "profissionais" no mercado e as que "formam jornalistas" estão entre as piores, me parece. Mas, daí a concordar com o que aconteceu ontem quando os Ministros do Supremo derrubaram a exigência do diploma... não dá. Ao invés de melhorar a qualidade, se derruba tudo... não consigo entender esse raciocício e me sinto uma idiota,por todo esforço que jogo em cima dessa profissão, que levo muito a sério, todo dia.

O diploma servia, pelo menos, pra nortear alguns critérios trabalhistas. Se nós já éramos uma categoria vergonhosamente parada, que não se mobiliza, que não consegue se comunicar com a população, agora então... Mas, quem perde mais com isso é a sociedade, que parece não perceber que o pior vai sobrar para ela. Porque se tendo jornalistas cuidando do que acontece e denunciando tudo o que vimos acontecer nos últimos anos, presenciamos tantas falcatruas vindo a luz, imagine agora que os donos dos veículos de comunicação vão poder barganhar ainda mais livremente, deixando livre também o campo para aqueles que se sentem incomodados com um bom trabalho investigativo. Com gente "barata" em toda esquina pronta para se postar de jornalista, como se não fosse preciso pra tal ter um mínimo de técnica, conhecimento e responsabilidade.

Se eu já não era otimista com o futuro da minha profissão, agora então sinto que um efeito cascata vai acabar de por por terra o que conseguimos. Em termos trabalhistas o que aconteceu ontem é terrível.

Ainda não entendi como ficam as coisas a partir de agora. Repito, não acho que diploma garante bons jornalistas, mas a exigência é necessária até para que se possa cobrar desses profissionais uma formação especializada, melhorada. E ela nunca impediu que pessoas com talentos para as letras escrevessem em veículos de comunicação. Portanto essa vergonhosa decisão só interessa a quem não terá mais profissionais bem qualificados para ficar no pé, de olho nos desmandos. E aos donos dos jornais, revistas, televisões que se já tinham a faca e o queijo na mão, por conta do tanto de mão de obra que tinha pra escolher e escassez de mercado de trabalhos, agora ganharam mais a goiabada.

Devem ter aberto algumas garrafas de champagne ontem ás gargalhadas. E não me venham com essa conversa de que eram regras cridas na ditadura militar, porque devemos querer melhorar e não piorar as coisas. Argumentar que o exercício ruim da profissão de jornalista não é prejudicial à sociedade é de uma ignorância grotesca. E vindo de "magistrados" fica ainda mais vergonhoso. Ou não,né, moçada. É só coerência, diante das decisões vendidas que esses indivíduos têm tomado, sem a menor procupação com o que a sociedade pensa.

E o mais triste é esta sensação de saber que, no fundo, a maioria das pessoas que estão ao redor, concordam com esta decisão. Não conseguem enxergar o perigo e a quem atende uma decisão como esta. Ruim com jornalistas formados? Pois vai ser muitíssimo pior sem eles. Pode apostar! (Adriane Perin)

Wednesday, April 23, 2008

Sunday, October 30, 2005

Gianninis


La Carne

Friday, October 28, 2005

Stela Campos

fotos by Theo Marques